Há um sol enorme.
O observo da janela,
Mas a verdade é que é aqui dentro que tudo queima...
Meus olhos são como pingos dourados.
Meu corpo é todo quentura.
Todos os dias nessa temperatura.
Meu coração pulsa e ferve.
É todo suor.
Todo suor escorre da minha pele me avisando que estou viva!
Ah, tudo em estado gasoso,
Borbulhando em mim.
Alegrias em chamas!
É a vida ardendo em mim,
Avisando da rima,
Da lírica canção.
Evaporo... Sim, eu evaporo as dores
E invado a sala com o brilho dos meus olhos,
Com a sede da qual sou constituída.
Jatos de luz.
Sou fogo em noites e dias
E avessos em madrugadas.
Eu fisgo, eu frito, entorto o aço.
Eu me desfaço. Eu arremato os fatos
E não infarto.
Amarelo, alaranjado, o sol reina lindo lá do outro lado...
Lá fora é entronado.
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