terça-feira, outubro 05, 2010

Doce flor

Ah! Sinto o peso dos dias,
Ó doce flor!
Sinto o tempo reinando
E o espaço rompendo!
Ó doce flor, te temperas um instante de mim!
Não me fujas do olhar, murchando antes do meu fim!
Não reines assim sem minha admiração!
Reines comigo, ó doce flor, no caminho dos sonhos...
Venhas e fazes morada comigo em sonhos infinitos,
repletos da grandeza inatingível que não habita o lugar chamado realidade!
Te inundas da minha loucura inadaptada.
Te consomes da minha cor variada. Nada gris. Nada pálida.
Aqui, no mundo dos sonhos, sou da cor que quero
e posso até ser arco-íris.
Aqui nesse mundo rarefeito, não preciso ser perfeito,
pois é do imperfeito que me enfeito!
Ó doce flor, de mim não fujas!
Não me resguarde de teus sabores!
Não te furtes da minha loucura.
Garanto-lhes: ela não é tão ofensiva quanto parece.
Ela é só vontade.
Gana por algo que ainda não sabe,
mas que um dia sonha sabê-lo
ainda que incompleto,
pois nada completo de fato completa um anseio.
Não satisfaz, não afaga.
Só distorce o conceito e destrói o vercejo!

Um comentário:

  1. Encontrei seu blog e me perdir aqui nas postagens. você parece ter a alma de quem entende o Amor.

    bjs
    Insana

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