quinta-feira, outubro 28, 2010

Estrada somos, estrada sou...

Somos estradas nesse eterno (des)caminho que é o mundo.
Meus pés estão calejados. Caminhar é vício, é destino.
Ser estrada é desatino!
Poucos anos vividos. Despertando os olhos amanhã, meu coração avisa de mais alguns minutos.
Correr, pausar. Velocidades da inconstância dos momentos.
Água para lavar a face. Café para arder por dentro.
Eu (re)pouso nas encostas, meu abrigo é o perigo.
Grito!
Somo um riso ao outro para subtrair chorinhos...
Contudo, acima de tudo, estrada eu sou.
(des)ando. Me encerro. Percorro (a)o léu.
Nada ao certo. Todavia, eu não só via a vida, eu a vivia!
Se estrada sou, então sou percurso.
Se estrada sou, então sou deslocamento, movimento.
Sim, isso é coisa do tempo. Eu deslizo, eu caminho, de mim mesma eu participo!

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