terça-feira, outubro 05, 2010

Lamúrias

Minha prece, minha mágica.
Minha intuição, minha força.
Intento. Já não tento.
Já faz tempo que nada tenho.
Aliás, o tempo age lá fora, ao relento.
Alento?
Onde mora isso que não vejo?
Onde está a força da prece e a mágica da intuição?
Onde está a canção que me faça suportar a falácia, o degredo?
Tanto segredo, tanto medo aí fora e aqui dentro!
Contudo, com nada pouco se faz...
Munido de tudo, posso ir ao fundo desse não-lugar que sou...
Dessa voz que cessou breve.
Que nada sabe cantarolar.
Que a nada já há tempos não enfeita.
Que por quase tudo de tudo foge e se prende.
Por quantas razões lamento esses embargos?
As pressões nessa fala...
As portas fechadas dos quartos e salas...
As almas embaçadas.
As fontes que secaram indignadas!
Por nada mais lamento.
Por tudo mais degredo.
Purgo.
Vejo.
Tenho ou não tenho.
Despejo.

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