segunda-feira, março 29, 2010

Um cenário e um riso.

Luas de verão enfeitam noites gris.
Há uma chuvinha fina lá fora
E a passagem de um cheiro incomum.
As medidas do tempo se intercalam
Vulneráveis...
Ilusórias...
Têm poçinhos d'água se formando no chão,
Os grilos em cantos disformes,
As velas rompendo a instantânea ausência de luz.
Tem um quartinho velho no fim da casa...
Quase museu de minhas solidões corriqueiras.
Esconderijo das angústias que teimam em aparecer
Como se a alegria não pudesse me pertencer mais frequentemente.
Mesmo assim, eu permaneço tendo riso.
Não posso me furtar ao riso.
Ele é sedutor...
Singelamente conquistador!
Conquista em segundos de acontecimento as vontades de uma vida inteira!
Traduz de modo sutil a singularidade dos momentos!
A riqueza do sentido da vida...

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