sábado, maio 29, 2010

Ser absoluto?

Não quero correr o risco de ser absoluto. 
Quero permanecer imensidão, estranheza, imprecisão. 
Quero outonos febris e primaveras convidativas. 
Invernos envolventes e verões os mais insanos possíveis. 
Não posso me prender ao risco do conceito, ao delírio da afirmação. 
Eu não afirmo, eu exclamo, intimido. 
Exageradamente torno vivo em mim a real insignificância das horas, o tapa nos lamentos, o olhar que se perde apreciando as flores, sentindo tão imaginariamente o perfume delas.

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