quarta-feira, maio 19, 2010

E se despertar?

Ela trazia nas mãos o anel de compromisso. Tocou a outra mão pela primeira vez sentindo-a suavemente. Olhou para os lados, gastou alguns milésimos de segundo nisso e selou tudo com um beijo. Dali em diante, sorriu. Simplesmente sorriu... A felicidade se semeava em seus poros. Ornamentava suas vontades. Mãos dadas, hora de fugir do mundo. Hora de trancar-se no ninho. E só sair dele para voar para bem longe... Na outra ponta do universo... No ninho os sonhos materializados. As esperas saciadas. As mãos se encontrando... Tudo belo. Tudo além do imaginado. Além do desejado. Além vida, além real, além razão. E se despertar? Ah! Mas para quê massacrar-se com essa angústia? E assim, ela deixou fluir o sonho. E só assim ela permaneceu desejo.

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