sábado, novembro 13, 2010

Novembro entorpece

Se sou estrada, teus olhos hão de ser meus guias.
Se sou palavra exacerbada, tua boca me ensinará que o silêncio é o maior instante de felicidade ao beijar-me.
Se há risco, teu amor é a melhor resposta para que eu siga sem medo.
O perfume indefinido desse novembro nos entorpece.
A única certeza é essa gana que temos em comum.
Essa fome, essa sede, esse despudor.
Ah, esse tempo que te faz escapar do encaixe dos meus braços!
Fisgar-te.
Já me tens.
Solas em meus pensamentos.
Solas em minhas razões para sorrir.
Solas dentro de mim, de todas as maneiras.
Com todas as intensidades.
Tornaste-me tudo.
A confusão do mundo está em mim.
A mais bela forma de sentir também.

2 comentários:

  1. Solos tão intensos que entorpeceram até aqui, amiga poeta linda...

    Beijinhos

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  2. Belo poema.

    bjs
    Insana

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