quarta-feira, novembro 10, 2010

A maçã

Eu mordi a maçã.
Sou toda pecado.
Sou mais o contra do que o pró.
Sou um nó que não tem ponto porque terminará sempre pó.
Eu falei com a serpente e me despi.
Disse os maiores absurdos e depois de tudo eu sorri.
Sorri dela e do mundo e de uma ideia de paraíso que não alcanço.
Sou meio torta...
Prolifero manchas e acabo riscada.
Arruino aqueles pilares construídos.
Dentro de mim eles não vingam.
Eu deslizo, antipatizo, aterrorizo.
Talvez tudo isso numa frequência bem menor, é fato.
Mas ainda sim considerável.
Eu teimo. Somente isso.
Isso explica a maçã ou a minha maneira de mordê-la.


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