terça-feira, setembro 07, 2010

Setembro

Esperar setembro?
Ah, ele surge...
Ele vela
Ele encerra em si a queda, a flecha, a selva.
Ele grita as rimas malditas
Desvirginadas...
São manhãs, são madrugadas.
São alentos, são venenos.
São olhares pueris
Cheios de terra.
Balançados, medidos.
No balanço desse enredo meu setembro não é fevereiro.
Não é frevo, mas também não é degredo.
Foi vindouro em agosto.
Será história de outubros
Ou de tudo.
Ou de vento.
Sete endros...
Chá de tempo.
Vultos lembram, desorientam...
Eis setembro, sem serenos,
Sem calores, sem mistérios.
Eis as sete cores da vida...
Eis o mapa do sol.
Eis a relva, a senda, a trilha...
Eis setembro sedento de rendas
De cenas, de guetos.
De remos, de lagoas.
De remadores fortes.
Rumo aos tempos de setembro.

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