terça-feira, setembro 14, 2010

Eu e o mar


É curioso observar essa areia da praia.
Tudo paira, quando nela eu me sento para observar o mar.
Lá, perdida nos pensamentos vãos
Eu ouço o barulho das ondas batendo...
Convite a banhar-me de novas esperanças.
A me inundar de sonhos.
Mas há um medo de afogar-me.
Há um medo de despedir-me do outrora.
Há uma ânsia de atravessar a nado o nada infinito que se denuncia naquelas águas.
Mas há tanto...
Tanto céu por sobre o mar.
Tanto sol pra avisar que os dias amanhecerão.
Tanta nuvem desenhando nossas ilusões...
Tanta natureza nos admitindo ainda que assim: como vândalos que somos...
Há tudo.
Contudo, molhos os pés.
A água é muito salgada. Tenho medo de me temperar dela.
E será que tenho medo de ter gosto?
Tenho medo de ser saborosa?
De poder dar gosto...
Não desgosto do mar
Nem das suas areias...
Nem da beira-mar...
Afinal, quem sabe haja por lá aquele "táxi-lunar"
Para me convocar à outras tantas horas delirantes...
À tantas outras horas fora e dentro de mim...
Então que eu lave mais que o corpo, que eu lave a alma!

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