terça-feira, setembro 14, 2010

Da janela do carro


Da janela do carro a paisagem é poesia.
Na cabeça tudo se misturando...
Derivando-se...
Palavras para tudo.
Para tudo dizeres...
Para dizeres que a janela do carro pode ser um portal.
Pode ser a tela de uma pintura imaginária,
De uma ângulo bem captado.
Meus olhos são como as lentes de uma câmera,
Mas, fugidios por natureza, criam seus próprios suplementos diante do que visualiza.
Criam seus próprios momentos.
Projetam suas intenções amargas ou doces.
Enfeitam o feio.
Vêem o feio no belo.
São subjetivos! Sim! Mais que os meus olhos, são subjetivos os meus olhares.
Luas que sorriem se é noite.
Sóis que gritam se é dia.
E da janela do carro toda a semana transforma-se em filme na mente.
Os momentos vividos.
Os momentos partilhados.
Ou aqueles simplesmente imaginados!
Flashs...
Tudo como um raio.
E ao mesmo tempo, tudo como poesia.
Melancolia, saudade, nostalgia...
Sensações similares.
Tudo pela janela do carro.
Pela janela em movimento.
A vida em movimento.
A vida.

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