terça-feira, setembro 28, 2010

O mundo nos cansa...

Eu não sei do que necessariamente estou cansada...
Nem mesmo sei se há um cansaço que se possa definir como "real" ou "palpável"...
Só penso que poderia haver menos dor ainda que a dor seja uma forma de encontrar o prazer.
Ainda que ela seja o próprio sentido da felicidade,
Dos momentos felizes.
Toda a vida não pode ser constituída somente do riso largo.
Todo caminho é composto de pedras.
Romper essas pedras, as rochas, os espinhos é uma condição do encontro com a alegria.
Com aquela alegria das horas e dos milésimos de segundo!
Eu já não sei dizer se posso resumir tudo que sinto agora como "cansaço".
É certo que muito nessa vida nos cansa.
O mundo nos cansa...
O próprio ser humano nos cansa!
Nós nos cansamos de nós. Da situação de sermos qualquer coisa diferente.
Há receios por entre as sombras.
Há um incômodo com o excesso de luz.
Há vida para além do limite da existência...
Régios trajetos, desmedidas vontades.
Há incompreensão agora. Espero que no próximo esforço de entender-me eu me sinta ainda mais insatisfeito,
Pois é nisso que reside minha poesia!

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