Nem mesmo sei se há um cansaço que se possa definir como "real" ou "palpável"...
Só penso que poderia haver menos dor ainda que a dor seja uma forma de encontrar o prazer.
Ainda que ela seja o próprio sentido da felicidade,
Dos momentos felizes.
Toda a vida não pode ser constituída somente do riso largo.
Todo caminho é composto de pedras.
Romper essas pedras, as rochas, os espinhos é uma condição do encontro com a alegria.
Com aquela alegria das horas e dos milésimos de segundo!
Eu já não sei dizer se posso resumir tudo que sinto agora como "cansaço".
É certo que muito nessa vida nos cansa.
O mundo nos cansa...
O próprio ser humano nos cansa!
Nós nos cansamos de nós. Da situação de sermos qualquer coisa diferente.
Há receios por entre as sombras.
Há um incômodo com o excesso de luz.
Há vida para além do limite da existência...
Régios trajetos, desmedidas vontades.
Há incompreensão agora. Espero que no próximo esforço de entender-me eu me sinta ainda mais insatisfeito,
Pois é nisso que reside minha poesia!
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