sexta-feira, dezembro 24, 2010

Tudo é seu. Já entendi.


O dia amanheceu, eu sorria...
Eu ouvia minhas novas canções...
Até que você chegou e me fuzilou ferozmente com aquele olhar.
Seus olhos arregalaram-se
Me prenderam numa redoma de censura.
Eu me senti capturada.
Pronto. Estava feito!
Poucos segundos se passaram e as minhas canções já não tinham mais lugar
Como não tinha mais lugar nada meu ali...
Não sei por que teimo em ter certas regalias que são inquestionavelmente impossíveis...
Eu sei: essas paredes são todas suas.
Não foi o meu suor que as ergueu,
Porém atrevidamente me apossei de tudo.
Tudo que de fato é seu.
Desculpe-me.
Tudo aqui é seu.
Eu sou só um corpo estranho.
Muito estranho.
Sou eu que devo favores.
Sou eu que vivo desses favores.
Sou eu que sou assim tão ingrata e arrogante.
Sou eu que quase sempre entendo tudo errado.
Já me disseram que sou eu que não sei enxergar o seu amor.
Será tão difícil assim, demonstrá-lo?
Sim, como tudo é feito de possibilidades, há uma enorme chance de eu estar completamente equivocada
E das minhas conclusões serem extremamente inconsistentes.
Resta provar-me.

Nenhum comentário:

Postar um comentário