sexta-feira, dezembro 24, 2010

O que preciso


Preciso que pinguinhos caíam em meu rosto,
Que escorram dos meus olhos para desaguar minhas insatisfações.
Preciso de um banho de carinho.
De uma chuva de afeto.
Preciso ser menos distante
E menos subserviente.
Preciso ser eu.
Preciso mais do que nunca de mim.
Estou num precipício erguido por tantas limitações
E eu mesma estou no meu limite de tudo.
Já não quero mais recusar dando a entender que aceito.
Estou farta de ter que ceder a tudo.
Estou farta de me ferir com meus tão sempre presentes esquecimentos.
Sempre tenho esquecido, apagado, deixado tudo de lado.
E assim, minha identidade fica para trás.
Meu espaço torna-se cada vez mais lugar nenhum.
Meu tempo é cada vez mais escasso e massacrante.
Não quero só sobreviver. Preciso viver.

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