quarta-feira, dezembro 25, 2013

Realidade inventada

Eu vou escrever sobre o que vejo.
Eu vejo por dentro do corpo.
Eu vejo um rio onde há sangue correndo.
Eu vejo superfície onde há pele.
Eu vejo terra onde vêem a carne humana.
Eu vejo em nós o planeta.
Nos meus olhos verdes-castanhos vejo as cores da floresta.
Nas palmas de minhas mãos, vejo estradas e mais estradas.
Eu meus pelos, a mata rasteira ou fechada.
Em minha cabeça o centro do mundo: os meus pensamentos.
Lá, que eu me abandone e descanse.
Um dia eu sei que o pensamento não será mais aflitivo.
Mas, quando assim deixar de ser, sei que já não estarei aqui nos braços dessa realidade inventada.

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