quarta-feira, dezembro 25, 2013

Feliz Natal em fins de 2013

Há 2013 anos, no mais profundo deste calendário imaginário alguém ou alguma ideia irrompeu sobre o mundo de maneira devastadora. Ainda não sabemos sua cor e nem os detalhes mais precisos de sua história... Sabemos apenas, que nasceu em um cenário inusitado e emprestou aos corações algo de esperança e ventania. Foi Jesus? Não sei. Não domino seu nome nem sua história. Não sei de onde veio nem para onde vai, ainda não o alcancei por meio de uma fé cristalina e inabalável. Sou um tanto cética e, para piorar, sou transgressão...
Hoje na sala, está montada uma árvore na forma de um pinheiro, repleta de enfeites e presentes embalados ao seu redor. Hoje, haverá uma ceia com panetones, rocamboles, perus, vinho dentre outros. É uma forma de celebrar, confraternizar. Há, inclusive um velhinho oriundo do mais gélido leste europeu pairando pelos trópicos brasileiros para nos lembrar quão válidos são uns belos goles de coca-cola neste calor avassalador...
Como assim? Não falávamos de Jesus, o menino salvador, o messias cristão? Em tempos de Noel, meus caros, Jesus é coadjuvante. Não, que eu ame as religiões e suas ortodoxias, seus dogmas e suas histórias com roteiros tão escapatórios, mas o espírito natalino - aquele que preza pela partilha e festejo da renovação de esperanças por um novo mundo/ano - transformou-se num oportuno encontro com as compras e seus significados pueris.
O que valerá à pena, quando a alma não for pequena? - parafraseando Fernando Pessoa.
Saberei menos responder do que indagar. Que o espírito, os presentes ou o simples gesto de estar com quem se ama possa valer a pena. O valor, neste caso é um sentido. Apenas.


Feliz Natal.

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