quinta-feira, março 31, 2011

Como um pedaço do mundo...


Quero ser capaz de romper minhas dores estranhas.
Tenho ânsias.
Sou composta de ausências.
Acompanho-me do imprevisível.
Às vezes vôo.
Quando dou por mim já estou distante...
Possuo o dom de me perder dentro de mim mesma.
Aqui, nesses meus pensamentos, nesse meu coração embalsamado, tudo é labiríntico.
Não adianta fingir, dar forma, desenhar sanidades...
É louco reconhecer, mas sei que sou pedaço.
Pedaço do mundo.
Pedaço daquilo que se pode supor.
Pedaço do que poderia deixar para trás.
A vida é um pedaço.
A vida é um tudo dentro de mim.
Eu sou metade de mim aqui dentro.
Eu serei sempre tantas coisas que não resultarei em nada.
Não concretizo uma idéia de mim.
Minha matéria é imaterial demais.
Minha difusão sucumbe uma possível definição.

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