segunda-feira, julho 15, 2013

Isto: (in)visível

Quando eu penso na razão daquilo que vivo, beiro à loucura!
É impossível, é longínquo, é difuso!
O que é isto que eu ouso fazer fora dos gabinetes, das escavações, dos arquivos, dos projetos?
O que é isto que ouso sentir para além de fazer?!
Para mim, quase um "café filosófico"...
Um estado de alma, espírito, inconsciente freudiano...
Aquele que dá o toque final, que tudo guarda, envolve e explica...
Faço disto tudo, um acompanhar de palavras.
Palavras que revelam vivências e expectativas de vivências.
Sonhos pueris...
Planos (in)falíveis.
Gostos e ritmos.
Ataques e defesas para além de qualquer maniqueísmo.
E o que me incomoda, então?
O repasse da informação.
O saber confundido com informação...
A acumulação primitiva de informação!
Quando entenderão que isto é do campo do ser/estar?
Uma ontologia às avessas, um saborear da mutação necessária da vida!
Não... Não é o ontem que me fere a profundidade filosófica e vital disto...
É o ignorar das circunstâncias que envolvem um contato: o ontem e o hoje.
Como imãs, eles se procuram, se constroem e se destroem.
O ontem é o que não posso alcançar e o milésimo de segunda que demarca a passagem dessa escrita.
O hoje é um ontem anunciado.
Ah, o tempo! Ensina-me a romper a dor que é ver além do visível disso...

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