quinta-feira, janeiro 12, 2012

Da Babilônia


Desejaria agora estar num daqueles jardins da Babilônia.
Alguém me retribua o sonho com um passaporte atemporal.
Alguém me reporte às antigas trilhas deste mundo vão...
Somente suspensa no sonho, reiteraria a fome do acaso.
Tenho achado tudo tão pragmático...
E assim, já não sobressaem os jardins, mas os cativeiros...
Tenho medo!
Tenho medo do sangue que derrama a incerteza, a miudeza das coisas,
A seiva da vida a perder-se indefesa...
Acontece que é tão difícil sair da prisão do óbvio.
É tão rara a convicção do erro e o reconhecimento do acerto...
É tão doloroso não matar a sede do tempo
E é estranho ser neste minuto, a expressão mais profunda de um descontentamento...

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