quarta-feira, agosto 18, 2010

Um minuto para mais um verso

Ainda há tempo para mais um verso.
Ainda há tempo para dizer o quanto me sinto viva!
O quanto ainda pulso.
Intercalo essas dores ardentes com desejos e sonhos latejantes.
Glorifico esses instantes absurdos que se esvaem por sobre mim,
Dentro de mim...
Eu flutuo para o mundo
E para mim regresso.
Meus versos ainda que toscos erguem meu rústico abrigo.
Tanta coisa lá fora.
Tanta gentileza perecível.
Contudo oro ao tempo. Risco o vento. Provo venenos.
Me fragmento liberta da obrigação de ser um conceito fechado.
E assim essa minha poesia fajuta de angústia científica e cotidiana lava a face.
Grita, porque presa, sufocada já não pode estar.
Já não consegue ficar.

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