Quero o tempo em seu desconforto,
Uma forma de ensandecer o mundo.
Gosto dessa forma abstrata de ser
transparente.
Sou feito as gentes que fogem das
lentes.
Aprisionar-me nem sequer numa
fotografia.
Quero um suspiro longo em virtude de
delícias sentidas.
Quero abstrair-me.
Quero absolver-te dos teus (pré)conceitos,
De tua antecipação em excesso.
Sinto pela forma como enxergas as
coisas,
Mas, quando tu sentires o pesar dos
gestos bobos
Talvez neste instante, o tempo te
desconforte
E uma dor nos invade logo que isto
ocorre.
Mais a frente, entenderás: toda dor
tem seu prazer.
O prazer de não permanecer o mesmo.
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