quarta-feira, abril 20, 2011

Gravidade

Gravitar...
Orbitar sem fim pelo infinito desses sentimentos indefiníveis.
Os pés fora do chão,
A alma a levitar,
O coração a flutuar...
Não estar preso a esse lugar, ao convencionalismo daqueles rostos que de longe observo.
Eu pensava que aquilo que eu tanto desejo estava longe, mas não...
Eu é que estou longe de estar aqui onde estou...
Onde gostaria de estar somente se...
Se tudo fosse menos chão, solo, raiz...
Tenho desejo do ar... De ser um intermédio necessário entre o ar e a terra.
O meu único espaço seria o espaço de um vôo.
É dessa forma que desejo estar e me entregar.
É um grave erro não materializar isto.
Está é única gravidade: estar preso por circunstâncias.
E com essa necessidade de me expandir torno-me aéreo.
Com os pés fora do chão, sobrevoando a vida pelo sentimento, reino nas altas gravidades...
Sim, eu gravito. Por respeito de tudo quanto almejo, eu gravito!

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